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Foto do escritorLeonardo Torres

Sérgio Moro e O Complexo de Órfão do Brasileiro




Não era difícil saber que a sombra de Moro iria aparecer. Quanto maior a luz, maior a sombra. Sua vaidade brilhou demais nos últimos anos.  As coisas não são por acaso. Parece que tal vaidade do juiz e a busca por um herói salvador da pátria do brasileiro criaram um casamento que acabou de entrar em crise.


Deixo qualquer argumentação de crime do juiz de lado neste artigo, afinal não é de hoje que vemos algumas artimanhas de Moro. Vamos falar do brasileiro que o idolatrou.


No fundo, todo brasileiro possui o complexo de órfão, mais especificamente, de órfão de pai. Não é a toa que gostamos tanto de Chaves, Superman, Homem-aranha, Goku, Naruto e tantos outros órfãos. Desde que o Brasil tornou-se o Brasil, não existiu um indivíduo sequer que fosse o “Pai da nação”como Lincoln, Rômulo e Remo, etc.. Não temos um mito ou um herói fundador, somos desde sempre, órfãos.


Tentaram com D. Pedro II, com Tiradentes, Getúlio, Collor, Lula, Moro e Bolsonaro. Se olharmos para a nação com viés psicológico vamos perceber que a figura de autoridade nos falta, que no fundo é a figura paterna. Muito feita pelos pais de verdade, e não os ausentes, e também muito feita por mães, tias, tios, avós, avôs, não importando o sexo ou gênero. Toda sociedade precisa de uma autoridade. Autoridade é quem é respeitado por sua experiência. Isso é muito diferente de quem é autoritário. Este último é infantil, narcisista e só sabe mandar quando impõe medo e violência.


O autoritarismo foi responsável pela morte de milhões no mundo. Já a autoridade é quem inspira. Independentemente dos dois, o brasileiro tem sede da figura do pai, por isso, ele busca incessantemente o pai herói que irá salvar o Brasil do Brasil, seja ele autoridade ou autoritário. Assim o Brasil elegeu Moro como herói, e agora Bolsonaro.


O fato é que qualquer eleito nunca corresponderá às expectativas do povo, afinal, quem tem que salvar o Brasil é o próprio brasileiro. Temos que tomar a responsabilidade em nossas mãos e não eleger quem esbravece mais ou promete que vai resolver tudo. Se continuarmos nessa de eleger o próximo herói, temos que lembrar que cada vez que um herói é eleito, dentro dele já nasce também o violão. 

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