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Foto do escritorLeonardo Torres

8 Frases de Carl Gustav Jung sobre Pais e Filhos

Atualizado: 2 de mai.

O que a psicologia analítica diz sobre a relação entre Pai, Mãe e Filhos?


8 Frases de Carl Gustav Jung sobre Pais e Filhos
8 Frases de Carl Gustav Jung sobre Pais e Filhos

A maior tragédia da família são as vidas não vividas dos pais. - Carl Gustav Jung, Fundador da Psicologia Analítica


Naturalmente, o homem ingênuo não percebe, ao nível da consciência, que seus parentes mais próximos, cuja influência sobre ele é direta, só em parte coincidem com a imagem que deles tem; a outra parte dessa imagem é constituída de um material que procede do próprio sujeito. A imago nasce das influências dos pais e das reações específicas do filho; por conseguinte é uma imagem que reproduz o objeto de um modo bem condicional. O homem ingênuo crê, porém, que seus pais são tais como ele os vê. A imagem é projetada inconscientemente e, quando os pais morrem, continua a atuar como se fosse um espírito autônomo. Os primitivos falam do espírito dos pais que voltam à noite (revenants); o homem moderno denomina esta mesma realidade de complexo paterno ou materno. – Carl Gustav Jung






Quanto mais forte for a influência inconsciente sofrida pela imagem dos pais, tanto mais ela atuará na escolha da figura do amado como substituto positivo ou negativo dos pais. – Carl Gustav Jung


Um indivíduo é infantil porque se libertou insuficientemente ou não se libertou do ambiente da infância, isto é, da adaptação aos pais, razão por que reage perante o mundo como uma criança perante os pais, sempre exigindo amor e recompensa afetiva imediata. Por outro lado, identificado com os pais devido à forte ligação aos mesmos, o indivíduo infantil comporta-se como o pai e como a mãe. Ele não é capaz de viver como ele mesmo e encontrar sua própria personalidade. – Carl Gustav Jung


A criança faz de tal modo parte da atmosfera psíquica dos pais que as dificuldades ocultas aí existentes e ainda não resolvidas podem influir consideravelmente na saúde dela. A participação mística (participation mystique), que consiste na identidade primitiva e inconsciente, faz com que a criança sinta os conflitos dos pais e sofra como se os problemas fossem dela própria. Não são jamais os conflitos patentes e as dificuldades visíveis que têm esse efeito envenenador, mas as dificuldades e problemas dos pais mantidos ocultos, ou mantidos inconscientes. O causador de tais perturbações neuróticas sem exceção alguma é sempre o inconsciente. Coisas que pairam no ar ou que a criança percebe de modo indefinido, a atmosfera abafada e cheia de temores e apreensões, tudo isso penetra lentamente na alma da criança, como se fossem vapores venenosos. – Carl Gustav Jung


Quanto mais impressionantes forem os pais e quanto menos quiserem assumir seus próprios problemas (muitas vezes pensando diretamente no bem dos filhos!), por um tempo mais longo e de modo mais intenso terão os filhos de carregar o peso da vida que seus pais não viveram, como que forçados a realizar aquilo que eles recalcaram e mantiveram inconsciente. – Carl Gustav Jung


Tenho a forte impressão de estar sob a influência de coisas e problemas que foram deixados incompletos e sem resposta por parte de meus pais, de meus avós e de outros antepassados. Muitas vezes parece haver numa família um carma impessoal que se transmite dos pais aos filhos. Sempre pensei que teria de responder a questões que o destino já propusera a meus antepassados, sem que estes lhes houvessem dado qualquer resposta; ou melhor, que deveria terminar ou simplesmente prosseguir, tratando de problemas que as épocas anteriores haviam deixado em suspenso. – Carl Gustav Jung


Por isso, mesmo em etapas posteriores da vida, ainda que as imagens dos pais tenham sido analisadas criticamente, corrigidas e reduzidas a dimensões humanas, contudo continuam essas imagens a atuar aparentemente como potências divinas. Se o pai humano tivesse realmente esse poder sinistro, certamente os filhos deveriam matar seus pais, ou, melhor ainda, deveriam desistir de tornar-se pais também. Na verdade que homem moralmente consciente poderia suportar essa responsabilidade imensa? Muito melhor seria então deixar esse poder excessivo ao divino, onde ele sempre esteve, antes de ser “esclarecido” (aufgeklärt). – Carl Gustav Jung










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